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Maria da Penha ONLINE Governo do Distrito Federal
3/05/18 às 19h32 - Atualizado em 29/10/18 às 11h14

Mapeados os terreiros de matriz africana para manifestação religiosa, no Distrito Federal

Hoje, do lado de fora do Museu Nacional da República, comunidades de terreiro de matriz africana de Umabanda e Candomblé se reuniram e ao som dos tambores entoaram cânticos e danças.

 

No Auditório, os representantes de terreiros, uniram cores e etnias e entoaram Cantigas de Oxóssi e confraternizaram com os pares à direita, uma referência a um cerimonial africano.

 

A Cerimônia teve um clima de comemoração pela Entrega do Mapeamento dos Terreiros, um trabalho realizado por pesquisadores da UNB, organizado pelas professoras Therese Hofmann e Ignez Montagner , que atenderam a uma antiga reivindicação da Mãe Baiana, para a realização de um trabalho de cartografia dos terreiros, com localização e demais referências espaciais.
O trabalho foi coordenado pelo Acadêmico, professor da UnB, Rafael Sanzio.

 

” O povo quer ser visível, qualquer um de nós tem uma geografia, todos temos um mapa e a matriz africana merece o melhor”, justificou assim a importância do Mapeamento dos Terreiros. E otimista comparou esse reconhecimento das áreas á uma Árvore de Baobá, símbolo de resistência e tolerância, e desejou ” que viva, 200, 300 anos.”

Mãe Baiana, presidente do terreiro Ialorixá Abàdan, disse que ” terreiro mapeado é identificado pelo governo.Precisamos de Políticas Públicas para fazer parte da sociedade sã, da parte boa da sociedade e esse é o caminho”. E recordou a vinda de uma ialorixá, trazida pelo presidente Juscelino Kubitschek.

 

O evento foi organizado pelo Ministério da Cultura com representantes da Universidade de Brasília, Fundação Cultural Palmares, Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, secretaria de Estado de Cultura e subsecretaria de Igualdade Racial. Foram mapeados, na primeira etapa, 230 terreiros, em uma segunda etapa, pode chegar a 500 e a 2.000 em todo o entorno. Para tanto, outras ações agora serão tomadas para que os representantes procurem a regularização urbanística e fundiária normatizando as atividades no local.

 

“Não vamos aceitar nenhum tipo de violência e de intolerância”, tanto que este governo criou uma delegacia contra a intolerância religiosa e a discriminação racial” discursou o governador, respondendo à inquietação de alguns.que relataram receio de violência pela prática religiosa.

Rollemberg adiantou que” está iniciando os procedimentos com a secretaria de Cultura para declarar a Prainha, no setor da Clubes Sul, como Patrimônio Cultural e Material do Distrito Federal reconhecendo um local da cultura afro brasileira”.

 

O Distrito Federal vai aderir agora ao Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, uma demanda histórica do movimento negro , aprovada na III Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial. Outra entrega no dia de hoje foi a inclusão no quesito raça, cor e etnia nos formulários, sistemas de informação, monitoramento, censos, no âmbito da Administração Pública do Poder Executivo do Distrito Federal.

 

Por, Claudia Miani.

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