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18/06/13 às 21h11 - Atualizado em 29/10/18 às 11h13

Secretaria da Mulher lança projeto destinado às artesãs

Selo Rede Mulher será apresentado nesta sexta-feira, 21, em Planaltina, durante o primeiro Encontro de Economia Feminista e Solidária

A Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal (SEM-DF), atendendo às solicitações da 3ª Conferência Distrital de Políticas para as Mulheres do DF, inicia nesta semana o projeto Selo Rede Mulher, iniciativa integrada ao Plano Rede Mulher.

“O objetivo do Selo Rede Mulher é promover o reconhecimento, a valorização e a autonomia das artesãs e trabalhadoras manuais do Distrito Federal”, explica Olgamir Amancia, secretária de Estado da Mulher.

O lançamento da política de Estado voltada para as artesãs de todo o Distrito Federal será nesta sexta-feira, 21, a partir das 14h, na Casa do Artesão de Planaltina, durante o primeiro Encontro de Economia Feminista e Solidária organizado pela SEM-DF; são esperadas 100 artesãs da região no evento.

O projeto também aponta para o fortalecimento da implementação da Lei nº 4.899/2012, que institui a Política Distrital de Fomento à Economia Popular e Solidária – que têm como princípios a igualdade de gênero; a valorização da autogestão, cooperação e solidariedade; do comércio justo; e do consumo ético, entre outros.

O Selo Rede Mulher está estruturado sob o programa Rede Mulher Artesã. Um dos objetivos principais deste programa é construir alternativas efetivas para a inclusão socioprodutiva das artesãs e trabalhadoras manuais, por meio de instrumentos que promovam a valorização de seus trabalhos e a aproximação com o setor de comércio e serviços para viabilizar o escoamento da produção.

Para que esta aproximação seja ainda mais efetiva, a Secretaria da Mulher realizará reuniões periódicas com instituições como a Associação Comercial do Distrito Federal e a Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais com o intuito de instituir a Rede Mulher de Comércio Justo e Solidário. “Trabalharemos de forma sistematizada e unificada para que o Selo, entre outras vantagens, sirva como ferramenta de reconhecimento dos valores agregados à produção das artesãs e de promoção de sua autonomia socioeconômica”, esclarece Olgamir Amancia.

Principais produtos – Os Encontros de Economia Feminista e Solidária são a porta de entrada das artesãs e trabalhadoras manuais ao projeto. Ao todo, serão realizados 16 encontros ao longo de 2013. Além de Planaltina, os primeiros encontros serão em Ceilândia, no dia 26 de junho, no Auditório da Administração Regional; e em Santa Maria, no dia 28 do mesmo mês, no Galpão Cultural ao lado da Administração Regional, sempre das 14 às 18h.

Ainda nos encontros, todas as participantes terão seus trabalhos registrados e catalogados para inserção no Catálogo Virtual, a ser confeccionado pela SEM-DF. “Além de servir como instrumento de articulação da Rede Mulher de Comércio Justo e Solidário, o Catálogo Virtual irá valorizar a mulher através do artesanato, revelando a história que está por trás de cada produto”, justifica Sandra Di Croce Patricio, subsecretária de Políticas para as Mulheres, subpasta responsável pela elaboração do projeto.

Os encontros também desempenharão um papel fundamental na disseminação das políticas e serviços disponibilizados às artesãs pelas instituições parceiras. Por meio dos encontros, as participantes poderão acessar os serviços do Prospera Mulher, Centro Especializado da Mulher (CEAM Itinerante), Carteira da Artesã, Rota do Artesanato Candango, comercialização solidária, incubação de empreendimentos solidários, Fundo de Apoio à Cultura, cadastro de agente cultural, cursos de qualificação especializada, associativismo e cooperativismo e sorteios.

Durante os eventos, os empreendimentos coletivos (associações, cooperativas e grupos informais) poderão candidatar-se para serem certificados com o Selo Rede Mulher de Economia Solidária. O projeto Selo Rede Mulher prevê ainda a certificação de pontos de promoção da Rede Mulher de Comércio Justo e Solidário para efetivar canais permanentes de visibilização e escoamento da produção nos setores de comércio e serviço.

Perfil das artesãs e trabalhadoras manuais do DF – Segundo dados do Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro, coordenado no DF pela Secretaria de Trabalho, do total de pessoas cadastradas como artesãs, 87% são mulheres e, destas, 70% têm mais de 40 anos de idade.

Buscando conhecer melhor a realidade das artesãs, a SEM-DF realizou pesquisas junto às quase 300 mulheres atendidas pelo Programa Rede Mulher Artesã até o momento, verificando que 85% delas auferem renda mensal inferior a dois salários mínimos.

Para 67% delas, o artesanato configura-se como a principal fonte de renda; 64% são chefes de família e possuem, em média, duas (dois) filhas (os). No que diz respeito às ações governamentais para fortalecer o artesanato, “criar meios de escoar a produção” e “divulgar o artesanato no exterior” foram as principais solicitações, seguidas pela necessidade de “reconhecer o valor do artesanato”.

“Em atenção a essa realidade, a SEM-DF têm destacado, no âmbito do Plano Rede Mulher, os princípios e valores da economia feminista e solidária. Compreendendo os problemas oriundos da divisão sexual do trabalho, este conceito considera o trabalho de forma mais ampla, incluindo o mercado informal e o trabalho doméstico, ressaltando a necessidade de enfrentarmos a desigualdade de gênero”, finaliza a secretária Olgamir Amancia.

Parceiros – O projeto Selo Rede Mulher é uma realização das Secretarias da Mulher, do Trabalho, da Micro e Pequena Empresa e Economia Solidária, de Cultura e de Turismo; e das Administrações Regionais. Conta ainda com a parceria do Instituto Federal Brasília (IFB), BRB, Emater-DF, Rede de Bancos Comunitários do DF, Sebrae no DF, Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais (BPW), Fórum de Economia Solidária do Distrito Federal e Rede de Economia Solidária e Feminista.

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