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Maria da Penha ONLINE Governo do Distrito Federal
23/03/15 às 16h07 - Atualizado em 29/10/18 às 11h14

Secretaria participa da CaminhaDown

Organizadores apresentam carta com reivindicações

Lunde Baranghi Júnior
Da Ascom da Semidh

Cerca de 300 pessoas participaram na manhã de sábado (21) da CaminhaDown, no Parque Olhos D'Água, na Asa Norte. O evento, que marcou a passagem do Dia Internacional da Síndrome de Down, foi organizado por entidades da sociedade civil com o apoio do GDF. A caminhada contou ainda com a presença do grupo Tumba La Catumba na animação.

Durante o evento, os organizadores entregaram aos representantes do GDF uma carta com reivindicações. Estavam presentes as secretárias da Semidh, Marise Nogueira; de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude, Jane Klebia; do Esporte, Leila Barros; e da Cultura, Guilherme Reis.

Segundo Marise Nogueira, um dos papéis do Estado é ajudar a sociedade a ver todo mundo como igual no acesso a direitos, à dignidade. “Eu falo em nome dos meus colegas de secretariado, em nome do governador Rollemberg, que nosso compromisso é este mesmo: estar aqui para caminharmos juntos e para construirmos juntos políticas que atendam às necessidades diferenciadas dos diferentes segmentos”.

A carta pede mais profissionais para o Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown), que funciona no HRAN, além de cursos de capacitação e aperfeiçoamento, em nível de pós-graduação, para esses profissionais; parceria com a área de esportes, que tem forte poder socializador, habilitador e integrador; isenção de IPTU e IPVA, para aliviar o custo adicional dos familiares; extensão da licença maternidade e da licença saúde; e prioridade na matrícula em creches e escolas para as crianças com Down.

Ja a secretária Jane Klebia Reis destacou o papel do Estado de promoção da inclusão social. “E a inclusão de pessoas com necessidades especiais, no caso do Down, tem que ser uma prioridade do governo”, reforçou. A secretária Leila Barros disse, por sua vez, que o esporte contribui muito para o desenvolvimento das pessoas com Down.

O secretário Guilherme Reis destacou a importância da pauta relativa aos familiares. “O governo deve se preparar nas várias áreas para atuar efetivamente. Há muito o que se fazer em relação à inclusão, em relação às pessoas com necessidades especiais. Não é só arrumar os edifícios, as rampas, o acesso; uma ação efetiva de valorização dessas famílias porque não é uma família qualquer, é uma família especial”.

Secretário adjunto de Políticas de Direitos Humanos da Semidh, Raimer Rezende lembrou que o Dia Internacional da Síndrome de Down foi declarado pela ONU a partir de uma proposta brasileira em 2011, muito bem acolhida pela comunidade internacional. “A ideia é destacar a luta pela inclusão, contra a discriminação e pela inclusão da pessoa com Síndrome de Down que tem muito a contribuir com a sociedade e pelo protagonismo delas mesmas, tomando decisões sobre a própria vida”.

Dados – De acordo com a carta, o CrisDown atende a 1.230 pessoas e tem na lista de espera mais 290 para pediatria; 530 para fonoaudiologia; 130 para fisioterapia; 95 para psicologia; 240 para terapia ocupacional; e 83 para clínica médica. O último censo, publicado em 2010, indicou a existência no DF de 10 mil pessoas com a Síndrome de Down.

Uma dessas pessoas é a servidora Liane Collares, da Coordenação de Políticas para Pessoas com Deficiência. Embora não pudesse participar neste sábado da CaminhaDown, ela foi lembrada pelo coordenador Paulo Bech. Segundo ele, Lili, como é mais conhecida, é um dos destaques do Calendário 2015 do Instituto Ápice Down, entidade sem fins lucrativos que ajudou a organizar a CaminhaDown.

 “Somos sujeitos de nossas próprias vidas. Nós não somos mais objeto de políticas públicas, nós estamos dentro delas, opinando, levando nosso conhecimento, nossa experiência, e isso é muito importante. Pessoas com deficiência também podem ser autoridades, podem governar, estar protagonizando não só a cena da política para a deficiência, ela pode estar em qualquer lugar da sociedade”, concluiu Beck.

Ascom Semidh
3961-1782 e 3425-4779

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