Associações de pessoas com deficiência apresentaram suas demandas
Acessibilidade, inclusão no mercado de trabalho, saúde e educação foram alguns dos temas discutidos na reunião realizada nesta terça-feira (23), no Salão Nobre do Palácio do Buriti, entre dirigentes da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Semidh) e representantes do movimento de pessoas com deficiência.
Proposto pelo Instituto Cultural, Educacional e Profissionalizante de Pessoas com Deficiência do Brasil (Icep), que tem como lema “Nada sobre nós, sem nós: da integração à inclusão”, o encontro abordou ainda proteção social, prevenção e acesso a órteses e próteses.
O presidente e fundador do Icep Brasil, Sueide Miranda, disse que o grande desafio é promover a inclusão social das pessoas com deficiência, tanto por meio dos movimentos organizados como pela ação do governo. No DF, segundo ele, existem mais de 700 mil pessoas com algum tipo de deficiência.
“Estamos aqui hoje para nos colocar à disposição da Semidh, apresentando sugestões que contribuam para a melhoria da qualidade de vida destas pessoas. O que já caminhamos até o momento mostra que podemos fazer grandes transformações para os deficientes de todo o DF”, frisou.
A secretária da Semidh afirmou, por sua vez, que o diálogo com os movimentos sociais é uma prerrogativa do Governo de Brasília, sempre aberto a ouvir as necessidades de todos os segmentos, no caso, o de pessoas com deficiência, e, a partir daí, construir e aperfeiçoar as políticas públicas.
Segundo ela, a relação de algumas demandas com diferentes áreas do governo contribui para avançar na garantia de mais direitos às pessoas com deficiência e incluir a acessibilidade como parte de uma cultura coletiva no DF. “Vamos tratar o tema da pessoa com deficiência em diálogo entre diferentes atores e em diferentes esferas, tanto pública quanto privada”, afirmou.
O secretário-adjunto de Políticas de Direitos Humanos da Semidh, Raimer Rezende, lembrou alguns temas debatidos em encontros anteriores, como a Central de Intérprete de Libras, que está funcionando normalmente e oferece atendimento on line, e o plano de acessibilidade, em andamento. Ele citou ainda a instalação do posto da Companhia Habitacional do DF (Codhab) na estação do Metrô da 112 Sul e do Balcão de Empregos entre as ações realizadas pela Secretaria.
“Embora tenhamos realizado medidas de inclusão, o movimento social das pessoas com deficiência demanda ações práticas de implementação dessas políticas, visando atingir a totalidade desse segmento. Muito trabalho ainda precisa ser feito e a escuta qualificada aos movimentos será imprescindível”, declarou o secretário-adjunto.
Além dos dirigentes da Semidh, participaram do encontro dez entidades representativas de pessoas com deficiência do DF. As demandas serão encaminhadas à Coordenação da Promoção dos Direitos de Pessoas com Deficiência (Promodef), que tomará as medidas necessárias para o atendimento de cada uma das reivindicações.
Ascom SEMIDH
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