Idealizada há seis meses, a Feira das Mulheres do Campo e do Cerrado – mulheres rurais, indígenas, ciganas, quilombolas e de terreiro enfim sai do papel. Ela tem por objetivo gerar independência financeira para mulheres em situação de vulnerabilidade ou em ciclo de violência familiar.
Quem quiser prestigiar ou comprar produtos autênticos tem até domingo, dia 10, para ir ao Estacionamento 13, no Parque da Cidade. A variedade é grande, vai de alimentos a pinturas (veja fotos). O evento é promovido pela Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos e pelo Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e do Cerrado, instituído pelo Decreto 34.922/2013, com apoio da Secretaria Adjunta de Turismo.
A feira contou com mesa oficial de abertura e com música da Banda Sinfônica do Corpo de Bombeiros. “Estamos focadas na autonomia financeira”, disse em entrevista à TV Brasil a subsecretária de Políticas para as Mulheres, Raissa Rossiter.
De mãos dadas e sem medo de ser mulher, acrescentou Joana Mello, secretária-adjunta da Mulher, Igualdade Racial e Direitos Humanos, nós estamos dando um passo enorme. “Esta feira é uma vitória. Estou chegando agora e me comprometo a trabalhar com afinco para fortalecer esta iniciativa e multiplicá-la pelo DF”, afirmou.
A delegada-chefe da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher – DEAM, Sandra Gomes, manifestou o total apoio da Polícia Civil à feira, por ser uma oportunidade para que mais mulheres consigam a autonomia econômica, assim elas conseguem sair do ciclo de violência.
A coordenadora da Unidade de Gestão de Artesanato, da pasta turismo, Samanta Mendes, revelou que o governo realizou 96 feiras em 2016 e mais de 120 este ano, que a cidade tem seis pontos fixos, além de eventos em shoppings, 10 mil artesãos cadastrados e que a secretaria tem política permanente de promoção da capacitação e da qualificação da mão de obra e dos produtos.
Para a presidenta da Associação Rede de Mulheres, Ezildete Leite, a feira é um pequeno grande passo de muitos, pois, nós pequenas agricultoras, temos produtos até para exportação. Presente ao evento, a representante do Conselho dos Direitos da Mulher do DF, Geralda Rezende, afirmou que a feira é um espaço importante para que a mulher possa ter a sua própria renda, pois esta é a melhor forma de combater a violência.
Único homem na mesa de abertura da Feira das Mulheres do Campo e do Cerrado, Victor Nunes, subsecretário de Igualdade Racial, espera que esta feira se amplie, se consolide e se multiplique. Para reforçar o afroempreendedorismo, disse que a pasta dele está promovendo cursos de gestão financeira e de administração e de trabalho em rede.