Alunas da CMB criam o projeto “Mulheres de Hamsá
Massagem truck, em domicilio e spa day são as vertentes do Projeto apresentado no plano de negócios
“Aqui fui empoderada e voltei a sonhar”, disse Roseline Araújo durante a apresentação do Plano de Negócios das Mulheres de Hamsá, na quinta-feira (17), na Casa da Mulher Brasileira (CMB). Ela é formada recentemente em massoterapia pelo Pronatec Mulheres Mil destinado às mulheres acompanhadas pela CMB. Uma iniciativa da Secretaria de Educação em parceria com ela a Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh).
Rose, como gosta de ser chamada, conta que durante o curso de massoterapia teve a vontade de abrir o próprio negócio e ser independe. Foi então, que ela e mais doze alunas se juntaram e começaram a sonhar com o Projeto “Mulheres de Hamsa”, com três vertentes: massagem truck, spa day e massagem em domicilio. Para a ideia se tornar realidade foi necessário aprender mais sobre empreendedorismo. Então, o Instituto Ithaka firmou uma parceria com a Sedestmidh e as professoras Lena Ferreira e Bia Barros ministraram três aulas “Design Thinking”, voltada para a elaboração do plano de negócio do Projeto do grupo.
A última aula foi dedicada para a exposição do Projeto. Durante a apresentação das Mulheres de Hamsá, a aluna Ana Cristina Nogueira afirmou que este era um novo passo na vida delas. “Eu e os presentes chegamos na Casa através de uma situação de vulnerabilidade. Aquela época foi bem triste, mas, hoje estamos apresentando o projeto do nosso negócio. Esse momento está sendo importante e extraordinário para mim”.
A Secretaria Adjunta de Política para as Mulheres, Raissa Rossiter, disse que acredita nelas e sabe que elas serão felizes e bem sucedidas nesta nova fase. As 13 mulheres agradeceram os presente, em especial a Casa e o Instituto por terem proporcionado esta oportunidade na vida delas. Também estavam presentes a Delegação da União Europeia, Sebrae e Espaço Multiplicidade.
Mulheres de Hamsá
Dividido em três vertentes, o projeto visa o lucro, mas não deixa de pensar no empoderamento feminino e na disseminação da Lei Maria da Penha. Além disso, elas pretendem dedicar alguns dias do ano para fazer massagens gratuitas nas mulheres de comunidades carentes.
Ana explicou que percebeu, no decorrer do curso, que as pessoas com menor poder aquisitivo nunca receberam uma massagem. Por isso, veio a vontade de disseminar a técnica com as mulheres que vivem em situação vulnerável, pelo menos algumas vezes por ano. O massagem truck vai participar de eventos e sempre com a temática voltada para o empoderamento feminino. O grupo é composto por treze mulheres, sendo que apenas uma é formada em recepção de saúde e as outras em massoterapia.
A CMB é uma unidade da Sedestmidh que atende mulheres vítimas de violência doméstica e todas que fizeram o curso vivenciaram esta realidade ou estavam em situação de vulnerabilidade. Iara Lobo, coordenadora da Casa, disse que a umidade não só atende, como também tenta reinseri-las no mercado de trabalho. “Os cursos fornecidos pelo Pronatec e o Spae são exemplos do nosso trabalho. Aqui é possível seguir um novo rumo e vencer sem depender de ninguém”:
Por: Camila Piacesi