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5/12/12 às 14h25 - Atualizado em 29/10/18 às 11h13

Enfrentamento à violência contra a mulher é uma luta de todas e todos

Ontem, a Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal, por meio da Subsecretaria de Enfrentamento à Violência, encerrou as atividades que marcaram a mobilização da pasta em alusão à campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”. Na presente data, a pasta aderiu à campanha mundial do Laço Branco – que tem como objetivo de sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher.

No plenário da Câmara Legislativa do DF, a deputada distrital Arlete Sampaio (PT-DF) comandou o ato solene. Além da secretária de Estado da Mulher, Olgamir Amancia, participaram da solenidade a primeira-dama do DF, Ilza Queiroz; e os deputados distritais Chico Vigilante (PT), Wasny de Roure (PT), Joe Valle (PSB), Luzia de Paula (PEN) e Raad Massouh (PPL); além da deputada federal Erika Kokay (PT).

Durante a solenidade, a secretária Olgamir Amancia apresentou o vídeo “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha” – idealizado pela Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República – e destacou a importância da campanha internacional pelo fim da violência contra as mulheres e pela conscientização de toda a sociedade. “É necessário buscar recursos para a efetivação de políticas públicas no combate à violência contra as mulheres. Essa luta não é somente delas, e sim uma tarefa de toda a sociedade”, ressaltou a secretária Olgamir Amancia.

A primeira-dama lembrou que essa ação marca um dia histórico e simboliza a luta das mulheres de todo o mundo contra a violência, seja ela por meio de agressão física, preconceito e até mesmo assassinato. “Não é aceitável nenhum ato de violência, pois não é a mulher a única vitimada, mas toda sua família e, consequentemente, a sociedade. Precisamos desconstruir essa concepção patriarcal no Brasil e no mundo. A mulher, ao longo de sua luta pela igualdade de gêneros, caminhou a passos largos, mas ainda não conseguiu superar ações ameaçadoras”, comentou Ilza Queiroz.

A deputada Arlete Sampaio comentou, em seu pronunciamento, a hegemonia de poder que os homens, historicamente, submeteram as mulheres no país e parabenizou a Secretaria da Mulher pelo trabalho que vem sido desenvolvido no Distrito Federal e Entorno. “Assistimos, aqui mesmo na capital, homens que consideram as mulheres como sua propriedade. Precisamos reconstruir a nossa sociedade valorizando a equidade de gênero e destituindo o machismo”, frisou.

Na ocasião, a Secretaria da Mulher distribuiu broches com laços brancos e montou um grande laço branco no plenário – símbolo da campanha.

Histórico – No dia 6 de dezembro de 1989, um rapaz de 25 anos (Marc Lepine) invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Montreal, no Canadá. Ele ordenou que os homens se retirassem da sala e gritou para as mulheres, que ali permaneceram: “vocês são todas feministas?”. Enfurecidamente, começou a atirar e assassinou 14 mulheres à queima roupa. Em seguida, suicidou-se. O rapaz deixou uma carta na qual afirmava que havia feito aquilo porque não suportava a ideia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente dirigido ao público masculino.

No Brasil, algumas iniciativas começaram a ser delineadas em 1999. Com o objetivo de ampliar a rede, em 2001 foi realizado o lançamento oficial da campanha, que promove diferentes atividades, entre elas: distribuição de laços brancos, camisetas e folhetos informativos; realização de eventos públicos, caminhadas, debates, oficinas temáticas, entrevistas para jornais e revistas; coleta de assinaturas e termos de adesão à campanha etc. Essas atividades foram desenvolvidas em parceria com diferentes instituições, particularmente organizações do Movimento de Mulheres.

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